Os dias passam e por ignorados, em nada mais se fazer no muito que se poderia ter feito, deixam-me cada vez mais agastada. O somatório que reveste toda uma acumulação de dores sofridas, apagam-me todos os meus dias, aos quais tenho que esquecer forçosamente. As promessas que vou tentando alimentar para continuar, nem essas já me aliviam. E hoje ao acordar tive a sensação que o pouco que tenho já não precisa mais de mim.
O que resta do que ainda consegui fazer, talvez ainda seja o que me faça estar por aqui. Mas falar como todos falam porque sim e ao dizer de mim, pouco mais há para dizer.
Embora por fugir de quando em quando ao que não acredito, dos conceitos e preconceitos que obrigatoriamente se praticam, deixo-me por agora ficar no alento desta chuva que me acaricia, tão brevemente em sua estadia.
E por hoje fico com o frio, talvez o mesmo que me aconchega e me trouxe até aqui. E porque há precisamente dois anos fui trazida para este lugar num mesmo dia de temporal , a não me conseguir perspectivar e a não querer pensar em meu existir, num olhar a estar como uma demasia: Ir por ir sem saber para onde ir, numa qualquer obediência e em obediência essa, muito longínqua das regras e leis às quais todos os dias se senta a persistência.
E por hoje fico com o frio, talvez o mesmo que me aconchega e me trouxe até aqui. E porque há precisamente dois anos fui trazida para este lugar num mesmo dia de temporal , a não me conseguir perspectivar e a não querer pensar em meu existir, num olhar a estar como uma demasia: Ir por ir sem saber para onde ir, numa qualquer obediência e em obediência essa, muito longínqua das regras e leis às quais todos os dias se senta a persistência.